- Porque é que num debate na ilga sobre transsexualidade a maioria dos assistentes são transsexuais? Não entendo a velha filosofia que já vi imperar em todos os movimentos que já participei se a reunião ou debate é sobre feminismo e direitos das mulheres quem participa são principalmete mulheres, num debate sobre homossexualidade são os homossexuais e por aí adiante...será que as pessoas não percebem que o velho chavão é mesmo verdade? A união faz a força. Se todos estivermos informados, se todos participarmos, se todos lutarmos as nossas conquistas são mais rápidas e mais eficazes, como é que eu me posso sentir bem se souber que tenho mais direitos que a pessoa ao meu lado, como é que eu posso não me importar com o que se passa ao meu lado, com o meu amigo? A nossa luta são as lutas todas de direitos, é luta das mulheres, é a luta das lésbicas, é a luta dos bissexuais, é a luta dos transsexuais, é a dos trabalhadores, é a luta da homoparentalidade é a luta pela opção do casamento, é a luta da homoparentalidade, é a luta duma lei anti homofobia, é a luta dos emigrantes, etc...
sábado, 28 de abril de 2007
Reflexões 1 - Curtas
Pensamentos que me ensobram a alma:
- A minha geração (somos nós os supostos filhos do 25 de abril) e gerações vindouras somos acusados e com muita razão de não sermos activos políticamente, de não sermos activos socialmente (a não participação no associativismo não é exclusivo da minha geração é transversal a todas , não existe a cultura da participação) mas caramba somos filhos da geração que fez o 25 de abril e que valores nos passou esta geração? Onde está o activismo, o interesse social e politico de toda essa geração? Uma geração cuja luta se esvaziou no fim da ditadura? Uma geração que se esconde sob o mote de a política está podre, os políticos são corruptos e portugal funciona de mal a pior? Uma geração que quando a crise aperta e o desemprego aumenta quase que perde a memória para dizer: antigamente é que era bom, no tempo da outra senhora, no tempo do Salazar?(é preciso fazer a ressalva que a minha geração compactua com este chorrilho de disparates).
terça-feira, 10 de abril de 2007
deitei a cabeça em cima da fotografia
e com a respiração despertei teu corpo
do sítio penumbroso onde viveras
o tempo não se gastou
passei estes anos a colocar as coisas
nos seus devidos lugares
ainda ouço
a voz outonal das palmeiras e o murmúrio
do vento cercando a casa protegida pelo bolor
era uma pequena ilha dizias
onde os ruídos duma vida anterior a esta
dormitavam ainda
e com a respiração despertei teu corpo
do sítio penumbroso onde viveras
o tempo não se gastou
passei estes anos a colocar as coisas
nos seus devidos lugares
ainda ouço
a voz outonal das palmeiras e o murmúrio
do vento cercando a casa protegida pelo bolor
era uma pequena ilha dizias
onde os ruídos duma vida anterior a esta
dormitavam ainda
agora está tudo arrumado
agito-me em volta das coisas
mas nada posso corrigir
o que está feito está feito
levanto-me daqui e corro para o telefone
tento saber se estás onde penso existir
uma cidade... ninguém responde
onde estarás?
deste ou do outro lado do telefone?
um puto irrompe da insónia
deitando-me a língua de fora
de qualquer maneira não consegui a ligação
Al Berto in «Eras Novo Ainda» de "O Medo" (Livro Sexto - «Salsugem», , 1981/82)
terça-feira, 3 de abril de 2007
O Puzzle Lisboa
Vou descobrindo Lisboa todos os dias, como um puzzle na minha cabeça cujas peças se iluminam e se ligam à medida que frequento mais certos locais da cidade. Gosto de reparar no estilo da zona se é residencial, comercial ou zona de escritórios. Gosto de reparar nos prédios, construções mais modernas, construções castiças, nos candeeiros, tenho uma mania estranha de olhar para os ultimos andares e para os terraços e são todos diferentes, queria sempre estar lá para ver por dentro como eram. Gosto de frequentar os cafés, conhecer aqueles que têm os melhores bolos e onde os empregados são mais simpáticos, gosto dos cafés castiços de bairro onde as conversas param quando entra alguém fora do circulo dos conhecimentos. Procuro a banca dos jornais que convenientemente se devm localizar perto do café eleito. Gosto de ver os candeeiros vestuário típico das ruas de Lisboa. São zonas que passam a ser minhas, zonas de carinho, zonas arquivadas e ligadas a outras partes de lisboa, são zonas que entram para o meu mapa.
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