- Porque é que num debate na ilga sobre transsexualidade a maioria dos assistentes são transsexuais? Não entendo a velha filosofia que já vi imperar em todos os movimentos que já participei se a reunião ou debate é sobre feminismo e direitos das mulheres quem participa são principalmete mulheres, num debate sobre homossexualidade são os homossexuais e por aí adiante...será que as pessoas não percebem que o velho chavão é mesmo verdade? A união faz a força. Se todos estivermos informados, se todos participarmos, se todos lutarmos as nossas conquistas são mais rápidas e mais eficazes, como é que eu me posso sentir bem se souber que tenho mais direitos que a pessoa ao meu lado, como é que eu posso não me importar com o que se passa ao meu lado, com o meu amigo? A nossa luta são as lutas todas de direitos, é luta das mulheres, é a luta das lésbicas, é a luta dos bissexuais, é a luta dos transsexuais, é a dos trabalhadores, é a luta da homoparentalidade é a luta pela opção do casamento, é a luta da homoparentalidade, é a luta duma lei anti homofobia, é a luta dos emigrantes, etc...
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4 comentários:
É preciso ter em conta que esses debates não são só para activistas e que a maior parte das lésbicas, gays, bissexuais não está minimamente informado sobre a transexualidade. E sejamos honestos, como qualquer outra pessoa com uma educação "à portuguesa" não está minimamente interessado em aprender sobre temas que não lhe dizem respeito. Claro que é uma luta de todos mas só aqueles que estão verdadeiramente ligados à reivindicação dos direitos o sentem. A maior parte dos homossexuais está demasiado ocupada para debater assuntos que lhes dizem respeito quanto mais assuntos de identidade de género. É triste mas é isto que tenho vindo a notar.
Sobre o debate da ILGA, eu não participei exactamente porque o grupo ex aequo lisboa tinha desde Setembro do ano passado agendada uma reunião sobre transgenderismo para este dia. Correu bem, tivemos muitas pessoas (e neste caso a maioria era mesmo homossexual) :-)
Epá!... Depois de um dia de trabalho conseguir reflectir sobre as reflexões não é fácil!...Mas vou tentar: concordo com algumas das afirmações, mas parece-me que há também alguma confusão. 1.º - Ah, pois é... as pessoas só tendem a aderir ao que de alguma forma lhes diz respeito. Exemplo: as associações de ajuda às pessoas com deficiência. Quem normalmente adere? Familiares e amigos (enfim, alguns conhecidos) das pessoas com deficiência. Porquê? Falta de civismo? Falta de sensibilidade? Falta de informação? Falta de atenção? Se calhar um pouco de tudo isto...
2.º - Concordo que "a nossa luta são as lutas todas de direitos" - os que apontas e mais uns quantos que se poderiam acrescentar: a luta dos pais divorciados que vêm negado o direito à tutela dos filhos, na maioria das vezes apenas porque se considera que a mulher está "naturalmente mais apta" a tomar conta dos filhos, a luta dos idosos por terem alguma dignidade na sua velhice e não terem apoios suficientes, etc.
Mas parece-me que essas lutas são demasiado categorizadas. Há rótulos a mais, logo a separação é maior. Porque se divide o que afinal é comum: o direito à liberdade, à individualidade, ao respeito e ao bem-estar. Acho que se as abordagens da maior parte das associações (sejam de que cariz for) fossem mais abrangentes (procurassem pontes com outras associações e outros interesses)se calhar os resultados eram mais positivos. Mas num país em que, tradicionalmente, se "divide para reinar" e em que os "súbditos" acreditam nesta lógica há ainda muito caminho a percorrer... Cá estamos para o fazer. Todos os dias!
Ass: A prima
Continuo a dizer mesmo em relação ao diz directamente respeito ás pessoas , estas mesmo assim envolvem-se com dificuldade. Pois não percebo o pq de a ilga marcar um debate quando há uma renião que já foi marcada desde Setembro sobre o mesmo tema, mesmo pq uma reunião do grupo de lisboa é muito diferente do que foi o debate na ilga, teria sido mais util ambos os debates em datas separadas, beneficiariamos todos mais.
claro que muitas e quase todas as lutas ficaram por mencionar, não seria viável escrevê-las todas aqui. Gostava que dissesses o que entendes por maior abrangência das associações? Se calhar a falta de abrangência tem a haver com a falta de participação de tod@s, não? Não há rótulos nas lutas, há reinvindicações precisas, aí não podemos ser evasimos, sabemos o que queremos reivindicar. Conheces a realidade das associações? participas?
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