sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ajuda doméstica

Pois, é mais um maravilhoso estudo daqueles que são apresentados no telejornal de um dos canais , em que não nos explicam qual é a amostra e quais são as suas características sobre a qual incidiu o estudo. Bom esta reportagem é da TVI com a participação de uma socióloga que vem explicar os resultados do estudo: Ao contrário do que se pensa, Não se estão a dividir as tarefas domésticas entre os cônjuges ou entre casais heterossexuais que estejam em uniões de facto. O estudo conclui ( não se percebe como) que os homens participam mais nas tarefas domésticas quando ainda estão em união de facto com as suas companheiras do que depois de casados, há uma explicação lógica, a união de facto vale o que vale e não tem o selo para sempre, que assegure ao macho continuidade, o investimento tem de ser maior para que a relação passe para outro patamar. No casamento já sabe é de crença machista popular que as tarefas domésticas cabem à mulher. Outra das conclusões é que a partilha vai sendo cada vez maior no que se trata das tarefas relativas aos filhos enquanto pequenos, facilmente explicável os machos estão cada vez mais preocupados com a emancipação feminina e com o desenvolvimento da sua descendência e o assegurar do crescimento da sua semente.
Para piorar a jornalista da TVI foi para a rua entrevistar homens com a seguinte pergunta: "Costuma ajudar lá em casa?" Partimos aqui da velha premissa, o homem ajuda, a mulher tem a obrigação do trabalho doméstico. Bom as respostas então ainda foram mais descabidas: " Eu ajudo em tudo" ao que a jornalista pergunta " costuma cozinhar? ", resposta quase unânime de todos os homens que responderam " não, não sei cozinhar, não fui bafejado com esse dom" . Ajudam em tudo mas cozinhar é que não. Fico triste ao perceber que estava a viver a ilusão que as mentalidades estavam a mudar, não estão, pior, o machismo está mais camuflado, mais subtil e sobretudo ao virar da esquina.

If Men Could Menstruate

What would happen if suddenly, magically, men could menstruate and women could not?

Clearly, menstruation would become an enviable, boast-worthy, masculine event: men would brag about how long and how much.

Young boys would talk about it as the envied beginning of manhood. Gifts, religious ceremonies, family dinners, and stag parties would mark the day. To prevent monthly work loss among the powerful, Congress would fund a National Institute of Dysmenorrhea. Doctors would research little about heart attacks, from which men were hormonally protected, but everything about cramps. Sanitary supplies would be federally funded and free.

Of course, some men would still pay for the prestige of such commercial brands as Paul Newman Tampons, Muhammad All's Rope-a-Dope Pads, John Wayne Maxi Pads, and Joe Namath Jock Shields—"For Those Light Bachelor Days." Statistical surveys would show that men did better in sports and won more Olympic medals during their periods.

Generals, right-wing politicians, and religious fundamentalists would cite menstruation ("men-struation") as proof that only men could serve God and country in combat ("You have to give blood to take blood"), occupy high political office ("Can women be properly fierce without a monthly cycle governed by the planet Mars?"), be priests, ministers, God Himself ("He gave this blood for our sins"), or rabbis ("Without a monthly purge of impurities, women are unclean").

Male liberals or radicals, however, would insist that women are equal, just different; and that any woman could join their ranks if only she were willing to recognize the primacy of menstrual rights ("Everything else is a single issue") or self-inflict a major wound every month ("You must give blood for the revolution").

Street guys would invent slang ("He's a three-pad man") and "give fives" on the corner with some exchange like, "Man, you lookin' good!", "Yeah, man, I'm on the rag!"TV shows would treat the subject openly. (Happy Days: Richie and Potsie try to convince Fonzie that he is still "The Fonz", though he has missed two periods in a row. Hill Street Blues: The whole precinct hits the same cycle.) So would newspapers. (SUMMER SHARK SCARE THREATENS MENSTRUATING MEN. JUDGE CITES MONTHLIES IN PARDONING RAPIST.)

Men would convince women that sex was more pleasurable at "that time of the month." Lesbians would be said to fear blood and therefore life itself, though all they needed was a good menstruating man. Medical schools would limit women's entry ("they might faint at the sight of blood"). Of course, intellectuals would offer the most moral and logical arguments. Without that biological gift for measuring the cycles of the moon and planets, how could a woman master any discipline that demanded a sense of time, space, mathematics—or the ability to measure anything at all?

In philosophy and religion, how could women compensate for being disconnected from the rhythm of the universe? Or for their lack of symbolic death and resurrection every month?Menopause would be celebrated as a positive event, the symbol that men had accumulated enough years of cyclical wisdom to need no more. Liberal males in every field would try to be kind. The fact that "these people" have no gift for measuring life, the liberals would explain, should be punishment enough.

Gloria Steinem, "If Men Could Menstruate"

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Lixeira / Dumped

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Um canal Inglês, o Chanel 4, está a organizar um novo tipo de reality show, 11 voluntários (que não têm conhecimento do destino final que os espera) vão ser colocados numa lixeira a sul de Londres para tentarem sobreviver 3 semanas com o que conseguirem recolher do lixo. Este programa apresenta toda uma temática ecologista e é suposto fazer pensar nas questões ecologistas.
Tento formar uma opinião mas tenho várias questões que me fazem pensar:
-qual o objectivo? alertar para o consumismo excessivo e desenfreado da nossa sociedade? Já sabemos que existe, será que o programa despertará consciências? Não me parece. Não me parece que a partir daqui o consumo generalizado diminua.
- Provar que as pessoas podem sobreviver apenas com o que apanham do lixo? isso já sabemos existe um movimento politico cujo nome em inglês (não sei se existe um nome em português) das pessoas que o integram são os freegans que adoptam estratégias alternativas de vida com pouca participação no actual sistema económico convencional e no consumismo desenfreado. Sobrevivem com o que encontram nas lixeiras e adoptam as lixeiras como fonte principal de sustento.
- explorar a miséria e os limites humanos? Gozar com quem realmente passa necessidade e precisa para sobreviver de adoptar este tipo de estratégias? Parece-me o argumento de maior peso, atiram-nos areia para os olhos com todo um rol de argumentos ecológicos, quando a mim me parece que o que interessa aqui é a exploração da miséria humana.Entretenimento televisivo sobre um assunto realmente sério.
- Os concorrentes não sabem o que vão enfrentar, o que lhes é dito é que irão enfrentar um desafio ecológico e muitos deles afirmam que estão á espera de ir parar a uma Amazónia ou outra floresta tropical. Querem ser os novos heróis ecologistas , os despertadores de consciência, capazes de atingirem grandes feitos mas no entanto tudo o que possuiem é uma grande sede de notoriedade e protagonismo.

E tu qual é a tua opinião?


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

PATTI SMITH

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Quem é que vai lá estar??? NÓS


Patti Smith
Coliseu dos Recreios
29 de Outubro!

domingo, 26 de agosto de 2007

O blogue 31 da Armada mantém a notícia falsa em que diz que Mário Crespo «foi inundado de "hate mail" anónimo, o qual o software da SIC permitiu perceber que vinha de computadores do Bloco» apesar dos desmentidos na caixa de comentários. Como há muita gente que se limita a ler blogues, sem pesquisar a veracidade das informações publicadas, ou sequer ler os comentários, rende muito fazer um "hate post" deste género.

Bloco Vs. Verde Eufémia

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Bom este assunto já há algum tempo me suscita alguns pensamentos:

- A ligação feita pelo ministro da agricultura ao acto do colectivo Verde Eufémia, é completamente descabida e só revela o pavor que forças políticas como PS têm do poder de mobilização que sonham que o Bloco tem ou pode vir ter. O facto de haver pessoas que possam remotamente ser aderentes ou ter algum tipo de ligação com o Bloco não significa nunca que o Bloco possa estar a organizar/impulsionar ou dar apoio logístico a esta acção.
- O facto de o Bloco através da pessoa do Miguel Portas se ter pronunciado contra a questão dos alimentos transgénicos também não significa todos os pressupostos que eu referi acima.
- Outra coisa, foi destruido um hectare de terreno em 50 hectares do terreno, há com certeza muita especulação, empolação e aproveitamento político em torno da destruição do sustento do agricultor e em torno da destruição da plantação que foi feita, um hectare no meio de 50 não é concerteza o mesmo que destruir um hectare numa plantação de 3 hectares.
- Supostamente o Algarve não foi declarado como zona livre de explorações/plantações de transgénicos? que faz esta plantação de muitos hectares com o apoio do estado?
- A posição do Bloco sobre esta questão nunca pôs em questão todos os direitos nem o respeito que o agricultor deve merecer.
- Na minha opinião esta contra informação e este atribuir de culpas serve ao colectivo Verde Eufémia que se viu com uma projecção que nunca, nem nas suas mais remotas hipóteses julgou vir a ter, serve para se continuarem (verde Eufémia) a organizar outro tipos de eventos deste género de acção directa, serve para suscitar a curiosidade das pessoas relativamente a esta questão, serve também ao bloco que assim é visto com um partido/movimento de pessoas que tomam consequências pelas c
ausas que acreditam.

Festival Queer Lisboa

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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Verão 2007 #1

Vimeiro é a pior água alguma vez engarrafada.

sábado, 4 de agosto de 2007

Foi dito «Reparte tudo e segue-me se queres ser perfeito.» Disse então Aliocha para si mesmo: «Não posso, em vez de "tudo", oferecer dois rublos e, em vez de "segue-me" ir apenas à missa.»

IV Acampamento de Jovens do Bloco de Esquerda


Mais informações em esquerda.net


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

aqueles dias foram tinta plástica

Por vezes ponho-me a ler antigas conversas, velhas mensagens e textos de há muito tempo atrás. Tento lembrar-me de todos os momentos mas a minha memória nunca foi grande coisa, lembro-me apenas que "aconteceu algo depois daquilo mas já não sei bem o quê".
Por vezes pergunto-me o que pensaste e o que sentias.
Por vezes pergunto-me o que teria acontecido se não tivesse virado a esquina. Será que estaria bem? Seria a minha vida diferente? Por certo que sim.
Por vezes espreito a caixa de correio, pego no telemóvel, verifico as contas de e-mail só para procurar uma mensagem.
(não consigo apagar e-mails, estão cheios de referências a Nietzsche e a passeios à beira mar.)
O Gmail diz"Caixa de entrada (17)". Nenhum tem o teu nome como remetente.
Por vezes penso se te dei alguma coisa. Por vezes penso se sou só eu que penso nisto.
Ontem li sobre o fascínio (em oposição à inferiorização) que algumas pessoas causam naqueles com quem se cruzam e foi por isso que abri o blogue para escrever este texto.